O estudo trata da inclusão de pessoas com deficiência nas escolas regulares, respaldada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional desde 1996 (Lei nº 9394/96), com o objetivo de identificar o nível de preparo dos professores para lecionar a alunos com deficiência visual. A dificuldade de docentes do ensino básico com a temática da educação inclusiva – flagrada na fala recorrente de que não sabem como lidar com um aluno com deficiência em suas aulas – que impossibilita a inclusão desse estudante, foi investigada a partir do referencial teórico de Brasil Bernstein, destacadamente do conceito de enquadramento desenvolvido pelo autor; e nos estudos de Marcos Mazzotta sobre formação de professores. Em pesquisa que utilizou metodologia mista de investigação (quantitativa e qualitativa), analisou-se o discurso pedagógico no âmbito do Instituto Federal de São Paulo – Campus Cubatão (IFSP-CBT), identificado na experiência relatada em entrevistas semidirigidas com docentes do ensino básico da Instituição. Os resultados indicaram baixo controle do processo de ensino e aprendizagem por parte dos docentes, marcado por um discurso pedagógico em que prevalece o enquadramento fraco como padrão de conduta pedagógica, e confirmaram a hipótese inicial do trabalho sobre a quase inexistência de preparo dos professores para ministrar aulas a alunos com deficiência visual.