Ensino de Matemática para alunos com Síndrome de Asperger: revisão sistemática de teses e dissertações
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Resumo
Durante muitos anos as pessoas com deficiência tiveram suas capacidades de aprendizagem inviabilizadas e, quando passaram a ser reconhecidas, deu-se início a um longo período de discussões sobre qual seria a instituição responsável pela escolarização desse aluno. Após décadas de iniciativas de segregação e exclusão, a princípio espacialmente e posteriormente em seus métodos, as políticas públicas reconheceram que a educação formal na perspectiva inclusiva parece ser um dos caminhos. No ano de 1996, o Brasil aprovou uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n.º 9.394/96 – a partir da qual o país passou a caminhar nessa perspectiva, considerando a importância da matrícula de todos os alunos, independentemente de suas condições, nas escolas de ensino regular e estabelecendo normas para efetivar essa prática. Todavia, mesmo 23 anos após essa normalização, o país ainda enfrenta dificuldades em se adequar à oferta de um ensino, enquanto direito social, com qualidade. Diante desse contexto, este trabalho de revisão sistemática e de cunho qualitativo apresenta reflexões acerca das pesquisas voltadas para o ensino inclusivo na educação básica, especificamente na área de matemática, para alunos com síndrome de Asperger, trazendo uma breve análise das pesquisas realizadas no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. Os dados aqui apresentados apontam para a escassez de trabalhos que estabelecem a articulação entre o ensino de matemática e o processo de ensino e aprendizagem de alunos com a síndrome de Asperger, o que reitera a necessidade e relevância de pesquisas como esta. O intuito é contribuir com os estudos na área da educação matemática em interface com a educação inclusiva, incentivando novos pesquisadores a se aprofundarem sobre a temática, que permanece ainda pouco explorada.