A educação financeira permite preparar jovens e adultos para saber administrar e planejar suas finanças, adquirir um modo de vida sustentável para si e para a sociedade em que vivem. Inserir o tema no ensino médio possibilita o aprendizado de conceitos importantes que são necessários para vida cotidiana, promovendo no aluno habilidades e competências para analisar e avaliar situações financeiras de forma crítica. Para inserção da temática, utilizamos alguns recursos de aprendizagem como roda de conversa, atividades em grupo, jogo que tem se mostrado bastante eficiente, despertando no aluno interesse e fugindo da aula “tradicional”. Consideramos ainda, que a educação Socioemocional é essencial para abordagem de situações financeiras, pois apresenta estudos sobre o desenvolvimento de autorregulação e autogestão em estudantes no ambiente escolar. É sabido que um modo de vida consumista é prejudicial à pessoa e às questões ambientais. Reconhecer e administrar emoções é fundamental para o ser humano, especialmente no quesito finanças, para evitar o consumo desnecessário que pode afetar a saúde financeira e prejudicar o meio ambiente. Este trabalho busca analisar as contribuições de uma sequência didática aplicada em uma turma do 1º ano do Ensino Médio, de uma escola pública situada no Litoral Norte de São Paulo. A sequência aborda conceitos da educação financeira, como porcentagem, juros simples, juros compostos, orçamento doméstico, planejamento financeiro, investimentos e gestão emocional. Tomamos por base autores da área da Psicologia e Economia Comportamental, para discutir os aspectos emocionais envolvidos nas questões financeiras. Ao fim da aplicação, analisamos por meio de dois questionários e pela observação dos alunos em situação de aprendizagem, quais foram as contribuições da sequência didática para o processo de ensino aprendizagem da educação financeira associada aos princípios da educação socioemocional. Os registros e as rodas de conversa, apontaram que houve a percepção dos principais erros financeiros e aquisição de criticidade nos aspectos econômicos.