Escrevendo a história no século XXI: tendências e perspectivas historiográficas da contemporaneidade
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Resumo
Este trabalho tem a intenção de refletir sobre a escrita da história no século XXI dentro de uma perspectiva que contempla o saber histórico entre sua função pública e o papel dos historiadores nos tempos atuais. Para tanto, utilizaram-se as teses dispostas na obra Manifesto pela História, publicada em língua inglesa em 2014 (dos historiadores Jo Guldi e David Armitage), na qual os autores apontam o resgate do conceito de “longa duração” da Escola dos Annales como solução para o que identificam como a crise atual do campo historiográfico. Discorreu-se sobre as mudanças na escrita da história ao longo do século XX, a constituição de sua cientificidade e as crises apontadas nos debates sobre o ofício dos historiadores até o início do século XXI. Os argumentos utilizados por Guldi e Armitage foram contestados tanto na produção de língua inglesa como na brasileira. Por fim, foi realizada uma explanação da discussão bibliográfica estrangeira e brasileira que tensiona as características da escrita da história nas últimas duas décadas e debate os questionamentos contundentes à verdade do saber histórico desde as últimas décadas do século XX, o lugar da história nas humanidades digitais, o impacto da profusão de dados gerados e consumidos por meio do Big data na constituição de uma história que se torna digital e a história pública e global como respostas aos novos desafios colocados ao campo na atualidade.