No atual cenário brasileiro, ainda é muito significativa a realização de transportes de cargas e pessoas por meio da malha rodoviária, indicando uma grande solicitação do pavimento devido ao alto volume de tráfego. Com isso, torna-se essencial um adequado dimensionamento, a fim de atender com qualidade e segurança os usuários das vias durante o período de vida útil para o qual o pavimento foi projetado. Tendo em vista essa necessidade de dimensionamento, durante muito tempo foi utilizado metodologias empíricas que atenderam de forma satisfatória o tráfego no Brasil. O principal método de dimensionamento de pavimento flexível no Brasil, conhecido como método do DNER, tem como principais parâmetros de cálculo o CBR (California Bearing Ratio) e o número N. Essa metodologia empírica utiliza tais parâmetros para proteger o pavimento contra a ruptura por cisalhamento, no entanto, não é levado em consideração a fadiga do revestimento asfáltico e nem a análise de tensões e deformações que podem ocorrer na estrutura do pavimento. A partir disso estudos mais relevantes passaram a ser desenvolvidos com o principal objetivo de aprimorar os métodos de dimensionamento dos pavimentos através de uma análise mecanística, como por exemplo o software MeDiNa – Método de Dimensionamento Nacional, desenvolvido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT). Em decorrência disto, esse trabalho tem como finalidade demonstrar a evolução do dimensionamento de pavimentos flexíveis no Brasil, através da compilação de trabalhos publicados até a atualidade, mostrando como foi o processo de desenvolvimento e os resultados obtidos em cada metodologia desenvolvida até o presente momento.