O grafite e suas responsabilidades. Uma ressonância dos processos de aprendizagem: leitura, mediação e crítica
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Resumo
As representações artístico/culturais e simbólicas do Grafite que se apresentam nas cidades, exigem um expectador “leitor”, em sentido amplo. Para compreender as imagens é essencial desenvolver habilidades de análise crítica, que envolve os elementos visuais (como forma, linha, tom, cor, textura, espaço), bem como a produção de significados que a leitura, compreendida como interpretação, gera na percepção de seu conteúdo/contexto. Verificar como o Grafite é lido por estudantes do Ensino Médio em São Paulo/BR em Madri/ES e em Lisboa/PO, considerando sua potência para compreensão do mundo, da cultura e da sociedade contemporânea foi o objetivo da pesquisa. Após a seleção de imagens de grafites que teve como critérios o lugar de suas instalações (Madri, Lisboa e São Paulo) e as temáticas que aspiravam análises sociais, foram organizados encontros com alunos de Ensino Médio das três capitais, propondo um processo de Leitura e Mediação, que permitia maior tempo de apreciação da obra. A riqueza da pesquisa está no espaço posteriormente aberto para discussão, onde muitos pontos de vista aparecem, ampliando a leituras, permitindo uma visão mais profunda de cada obra apresentada. Foi possível perceber, por meio da mediação cultural com a leitura de Imagens que as falas polissêmicas dos autores dos Grafites, por meio de suas obras foram lidas por todos os alunos, quase que da mesma forma. As impressões dos alunos, no processo que vai das imagens para palavras, frases, textos, cores, formas e poesias, demonstraram apreensão estética, além do senso comum, expondo, a sociedade e a cultura nas quais estão inseridos.