Por todo o mundo, bilhões de dólares são investidos anualmente na recuperação de estruturas de concreto armado que sofrem diversas formas de corrosão, dentre elas, a corrosão por ataque de cloretos, que é a mais comum em regiões litorâneas. Assim como as doenças humanas, as patologias da construção civil são mais fáceis de serem sanadas quando descobertas precocemente e, como consequência, traz a diminuição nos custos finais de manutenção. Em contrapartida, existe uma dificuldade para identificar as patologias do concreto em suas fases iniciais devido à dificuldade de se obter sensores de monitoramento, pois seus custos são elevados. Destarte, o barateamento desta tecnologia pode trazer diversos benefícios direta ou indiretamente ligados a isto. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo o estudo e prototipagem de um sensor capaz de identificar a presença dos cloretos no interior do concreto. Isso foi possível utilizando um sensor de par galvânico composto por dois eletrodos, um de aço carbono (SAE 1010/1020) e outro de cobre (Cu 99,9%), de forma que, quando em contato com o ambiente agressivo no interior do concreto, demonstram a perturbação em seus valores de ddp do par de eletrodos. Para isso, os sensores foram instalados em prismas de concreto em dois diferentes valores de resistência característica à compressão que, para sofrer corrosão acelerada pela ação de cloretos, foram submetidos a ciclos de molhagem e secagem em solução de água (H2O) e sal não iodado (NaCl). O sensor desenvolvido mostrou a capacidade de identificar a presença de cloretos, no entanto, não foi possível identificar os níveis de concentração de cloretos no interior do concreto.