Uma reflexão sobre o ensino da língua inglesa e educação bilíngue para o autodesenvolvimento do aluno surdo

Data
2022
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Editor
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP)

Resumo

As leis que normatizam e regulamentam os planos educacionais sobre questões relativas à Educação Especial têm como embasamento a Constituição Federal de 1988, assim, as propostas educacionais que têm por intuito promover a inclusão escolar de alunos com surdez em escolas e classes inclusivas, vêm sendo elaboradas através do Decreto n. 5626/05 que previa a organização de turmas bilíngues, compostas por alunos surdos e ouvintes, onde as duas línguas, LIBRAS e Português devem ser empregadas no mesmo espaço educacional, assim, o objetivo desta pesquisa está voltado ao ensino da Língua inglesa para crianças surdas com uso do bilinguismo, L1 e L2, visto que esta metodologia pode contribuir significativamente para o desenvolvimento do aluno e demais estudantes. Assim, define-se o inglês como uma língua franca (ILF). Pouco se tem estudado sobre esta forma do emprego do inglês e sua relação com a aprendizagem, porém vem se consolidando paulatinamente no intuito de ser mais valorizada no contexto escolar durante o ensino e a aprendizagem de língua inglesa dos aprendizes surdos, sendo esta um acréscimo pelo fato de ser uma língua já conhecida pela maioria dos falantes. Segundo alguns autores a língua inglesa, na contemporaneidade, é encontrada em contextos multilíngues, internacionais, na televisão, redes sociais, aplicativos diversos e jogos. Esta variedade pode ser chamada de bilinguismo para dois idiomas e plurilinguismo para três ou mais idiomas, seja para o indivíduo ou para uma comunidade de falantes. Assim o inglês pode estar presente no currículo escolar e o uso da Libras e do Português deve ser constante na sala de aula. Estudos sobre a Língua de Sinais estão cada vez mais bem estruturados e estão surgindo meios educacionais voltados para uma prática inclusiva. A importância do estudo da natureza da língua de sinais como sistema simbólico peculiar para o indivíduo surdo, que, por meio de desígnios de natureza gestual, espacial e visual, melhor traduzem os processos de percepção e obtenção da experiência da criança surda, desprovida da capacidade de escutar os sons da linguagem verbal articulada e aprendê-lapor meio de processos de aquisição próprios a um ouvinte.


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