O Brasil possui relativamente um curto tempo na escolarização de pessoas com deficiência. Entre as décadas de 1960 a 1970, a Educação Brasileira era fragmentada e altamente separatista, marcas que resistem até a atualidade. Em 1990, há indícios de mudanças, impulsionado por uma visão de educação para todos e a luta por direitos iguais de aprendizagem. Nos anos 2000 foi investido e desenvolvido diversas políticas e programas educacionais para a promoção de um ensino inclusivo, trazendo um novo rumo ao contexto das escolas regulares. O presente trabalho propõe uma análise de obras literárias que abordam conteúdos com representações de personagens com deficiência, escolhidos por uma escola municipal, por meio do Programa Nacional do Livros e do Material Didático - PNLD. Os dados analisados com base em um levantamento teórico inicial, examinou-se 196 exemplares, dentre eles sete possuem personagens com deficiência. Assim, realizou-se uma leitura com um olhar sensibilizado e reflexivo. Percebeu-se que, esses livros com a representação são minoria no acervo total e representam pessoas reais, que lutam para conviver com os estereótipos e preconceitos enraizados socialmente. Acredita-se que essa análise contribuirá com a discussão sobre o público atendido pela Educação Especial e a imagem criada sobre ele, possibilitando reflexões sobre como se aplica a diversidade no contexto literário e visando a importância deste resultado nos impactos futuros de uma sociedade mais inclusiva.