Teses e Dissertações dos Servidores
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Navegando Teses e Dissertações dos Servidores por Assunto "Aldeia Icatu"
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- ItemALDEIA ICATU: DA PACIFICAÇÃO KAINGANG À CHEGADA DOS TERENA(Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), 2020) Lanza, Renato Felix; Mota, Lúcio Tadeu; Rodrigues, Isabel Cristina; Novak, Eder da SilvaA história paulista, bem como a brasileira, carece de um olhar acerca dos indígenas. Entretanto, nas últimas décadas, percebe-se um florescente campo de pesquisa na área. A busca por uma história na qual os indígenas são protagonistas e não somente indivíduos à margem dela, dominados e passivos ou, quando não, tratados como coitados é o foco atual. Nesse sentido, o objetivo dessa dissertação é contribuir com a análise da formação da aldeia Icatu, situada no município de Braúna, estado de São Paulo, desde seu início (1916) até a chegada de famílias Terena (1930-1940). Como metodologia, partiu-se da análise bibliográfica do tema, da documentação e bibliografia de autores que conviveram no local, da análise documental do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), por meio dos arquivos do Museu do Índio, e da oralidade indígena, procurando-se comparar as versões governamentais, as dos pesquisadores não indígenas e a dos próprios indígenas. Parte-se das afirmações do SPI, que afirma ser a aldeia originalmente criada para abrigar populações Kaingang, no contexto da chamada pacificação da etnia, mas que receberia parcelas de populações Terena vindas do atual estado do Mato Grosso do Sul. Como resultado da análise documental citada e da oralidade indígena, compreende-se que o processo se constituiu em um genocídio onde os Kaingang perderam quase que a totalidade de seus membros pelas armas de fogo e doenças, além de seu território, tudo em nome da expansão do café, das estradas de ferro e das cidades, em nome do progresso paulista. Também se conclui que, nas afirmações do SPI, não se levou em conta as motivações Terena para se deslocarem até o Oeste Paulista. Icatu constitui-se, atualmente, numa aldeia multiétnica, onde convivem, amistosamente, os Kaingang e os Terena, que lutam para preservação de sua história e de suas culturas ante o apagamento histórico