Navegando por Autor "Silva, Caroline Felipe Jango da"
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- ItemCorpo negro, currículo e educação física: uma análise fanoniana sobre as contradições e possibilidades para constituição de identidades insurgentes(Universidade de São Paulo (USP), 2023-05-05) Costa, Thiago Batista; Ehrenberg, Mônica Caldas; Maldonado, Daniel Teixeira; Molina Neto, Vicente; Neira, Marcos Garcia; Silva, Caroline Felipe Jango daA presente pesquisa dedica-se a analisar os currículos crítico e pós-crítico da Educação Física, a fim de investigar a ação que os mesmos exercem (ou não) nos estudantes negros dos anos finais do Ensino Fundamental II e Médio de escolas públicas da cidade de São Paulo, quanto ao processo de construção/reconstrução de suas identidades. Colocou-se em pauta os saberes que circunscrevem o corpo negro, sobretudo ao que se refere a experiência vivida do negro brasileiro, à luz do pensamento de Frantz Fanon. Do mesmo modo, pôs-se em evidência os saberes propostos pelos currículos crítico e pós-crítico da Educação e da Educação Física, dando conta assim da primeira etapa teórico-analítica da pesquisa. Para a segunda etapa, realizamos uma pesquisa empírica (qualitativa) constituída de observações das práticas pedagógicas e da realização de grupos focais com os estudantes afetados pelos currículos vividos. Num terceiro momento teórico-analítico, a partir da revisão de literatura e do percurso metodológico, empreendemos a análise das produções dos sentidos e significados nos estudantes. Notou-se, que a escola contemporânea opera como uma máquina que, tal qual o mundo colonial, está repleta de dispositivos e estratégias que fazem com que a experiência do estudante negro se torne cada vez mais difícil, pois mesmo dentro de uma planificação das subjetividades existe uma hierarquia a hierarquia racista do capitalismo. Além disso, identificamos que um dos dispositivos escolares mais eficazes no processo de colonização das mentes dos estudantes é a colonialidade curricular. Entretanto, os discentes demonstraram uma percepção crítica da experiência vivida pelo negro no contexto escolar e social, muito por conta do trabalho coletivo de professores e professoras engajados numa construção de identidades insurgentes. Ademais, sublinhamos que a Educação Física sozinha crítica ou pós-crítica encontrou dificuldades para penetrar na estrutura subjetiva dos estudantes. A apuração dos grupos focais propiciou inferir, ainda, que a Educação Física terá mais êxito no processo de constituição de identidades insurgentes se inserida em um projeto educacional coletivo.
- ItemExtensão e diversidade étnico-racial no IFSP: caminhos para construção de uma educação antirracista(Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2018-12-06) Silva, Caroline Felipe Jango da; Soligo, Ângela Fátima; Oliveira, Dennis de; Jeffrey, Debora Cristina; Mello, Marina Pereira de Almeida; Tenório, Valquíria PereiraO racismo estrutural e seu desdobramento institucional no espaço educativo é um dos mais graves problemas sociais que desafia a política pública de promoção da igualdade racial no Brasil. Apesar da implementação de uma política de ações afirmativas que vem garantindo o acesso dos estudantes negros e negras nos institutos federais e nas universidades públicas, estas instituições de ensino ainda não conseguiram consolidar uma educação antirracista. A presente pesquisa, de cunho qualitativo, objetivou analisar, portanto, a implementação da política de promoção da diversidade étnico-racial no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), a partir da dimensão extensionista. O trabalho baseou-se no conhecimento acumulado em relação ao ciclo de formação das políticas públicas, ancorou-se na psicologia social, bem como respaldou-se por um leque de pesquisas desenvolvidas por negros e negras que redimensionaram os estudos sobre raça e racismo no Brasil. Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se entrevista semiestruturada, questionário fechado e análise documental. Envolveram-se diretamente neste estudo 11 servidores da Pró-Reitoria de Extensão e as coordenadorias de extensão de 28 campi do IFSP. Assim, foi possível compreender os caminhos traçados para a ampliação das ações de extensão com perspectiva na diversidade étnico-racial no IFSP, bem como desvelar as barreiras institucionais que impedem a efetiva difusão das referidas ações que viabilizam a construção e compartilhamento de conhecimentos acerca da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena, condição indispensável a efetivação plena da política em questão na instituição.