Raça e afetividade na constituição das relações interpessoais em contexto escolar

Data
2024-02-01
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Resumo

Este trabalho de conclusão de curso teve por objetivo compreender alguns dos reflexos da dimensão racial na constituição das relações professor-aluno a partir da ótica da afetividade. A metodologia escolhida foi a pesquisa qualitativa, inspirada no método de história de vida, a partir de coleta de dados com professoras da rede pública de ensino. Foram realizadas entrevistas com duas professoras do Ensino Fundamental de uma escola municipal central da cidade de Sorocaba, São Paulo, buscando compreender como a afetividade constituída no âmbito de sala de aula, e os contextos que se desdobram do ambiente educacional, impactou-as pessoal e profissionalmente. As entrevistas foram analisadas à luz de estudos da branquitude, das construções sociais em torno da noção de raça, dos conceitos relativos à afetividade, e a constituição das relações interpessoais na educação. A pesquisa proposta se delineou a partir das reflexões realizadas durante o curso de Licenciatura em Pedagogia, nas disciplinas e palestras sobre as relações étnico-raciais, e se justifica por sua relevância para a formação docente. A noção de raça, socialmente construída, reflete-se em relações de poder e hierarquias sociais que exigem olhar atento no contexto escolar, de forma a auxiliar na construção de pedagogias antirracistas. Partimos da hipótese de que a afetividade desempenha um papel significativo tanto no processo de ensino e aprendizagem como na constituição das práticas docentes relativas às relações que estabelecem com seus alunos. No caso de professores e estudantes negros, o pressuposto é de que os desafios adicionais por eles enfrentados decorrentes do racismo estrutural podem ser analisados a partir de manifestações afetivas específicas a serem identificadas e compreendidas pela pesquisa educacional.


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