Segundo o UNICEF, atualmente o fracasso escolar é um tema complexo e que se dá pela combinação de três fatores: reprovação, abandono e distorção da idade-série. Esses fatores, somados ou isoladamente, acabam afetando mais alguns grupos específicos: meninos, povos indígenas, negros e pessoas com deficiência. No ano de 2019, considerando escolas municipais e estaduais do Brasil, só a região sudeste teve 138.084 estudantes reprovados, apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, o que equivale a 3,1% dos estudantes da região. A proposta central desta pesquisa é conhecer a relação entre o fracasso escolar nos anos iniciais do ensino fundamental e o sistema educacional. Serão analisados os conceitos de fracasso escolar através de abordagens individualizadoras e reducionistas, que atribuem a culpa do fracasso exclusivamente ao indivíduo, com foco principal no estudante, negligenciando o impacto dos métodos de ensino adotados e suas possíveis consequências nesses casos. Será feita uma revisão bibliográfica sobre a temática para se conhecer, desde o conceito de fracasso escolar e as variáveis envolvidas dentro e fora da escola e o papel dos agentes educacionais na mediação diante dessa problemática. Assim, pretende-se ir além de uma visão simplista que coloca toda a responsabilidade no estudante, investigando como o sistema escolar pode influenciar e contribuir para o fracasso. É essencial compreender a complexidade desse problema para propor abordagens mais abrangentes e efetivas, que levem em consideração não apenas o indivíduo, mas também o ambiente educacional e as práticas pedagógicas adotadas.