Este trabalho estuda o histórico de resistência do maior grupo indígena do Cono Sur, o povo Mapuche. A disputa de seu território, conhecido como Wallmapu, se dá há séculos, tendo maior intensificação com o processo colonial espanhol e posteriormente com a formação do Estado Chileno. Ainda hoje, suas áreas demarcadas são perseguidas por fortes políticas de militarização que contribuem para contínuos conflitos que todavia, são motivados por uma lógica mercantil de exploração a terra, aliado a interesses extrativistas. Após as múltiplas revoltas populares que se iniciaram em 2019, o Chile inicia seu processo para o término da constituição pinochetista de 1980, ato que poderá mudar bruscamente a Lei de terras indígenas do país. O ano de 2023 poderá ser crucial para uma alteração na demarcação de terras do país, na qual, a população chilena irá votar a aprovação ou rejeição da nova constituição será escrita em sua maioria, por políticos conservadores e a reacionários a questão indígena presente no país.