Este trabalho tem como objetivo investigar porque autoras de contextos distintos foram classificadas como feministas decoloniais e qual a intenção por detrás deste movimento. Para isso, utilizamos como objeto de análise o livro “Pensamento feminista hoje - perspectivas decoloniais”, organizado pela autora Heloisa Buarque de Hollanda. Além disso, fizemos um levantamento bibliográfico para garantir os insumos necessários para uma discussão precisa e objetiva sobre o tema. Em um primeiro momento, falamos sobre os caminhos até se chegar ao que é conhecido como perspectiva decolonial, tratamos de conceitos-chave como póscolonialismo, colonialidade do poder, descolonial e decolonial. Na sequência, falamos brevemente sobre o Grupo Latino-Americano de Estudos Subalternos e do Grupo Modernidade/Colonialidade a fim de entender como a América Latina foi introduzida nessa discussão. Feito os esclarecimentos sobre esses conceitos, apresentamos a obra e a autora organizadora. Os capítulos posteriores analisam os três primeiros textos das pensadoras: Lélia Gonzalez, María Lugones e Oyèrónké Oyewùmí. Por fim, compreendemos que o movimento intencional de Heloísa Buarque de Hollanda visa promover os trabalhos dessas feministas, assim como provocar mais protagonismo brasileiro na produção de conhecimento sob a perspectiva decolonial.