O reconhecimento da Libras como língua em 24 de abril de 2002 pela Lei 10.436, foi um marco importante para o povo surdo. Mais adiante, em 2005, ocorreu a regulamentação desta Lei e providências acerca da inclusão da Libras em várias áreas e a estruturação da educação dos surdos, dentre outras providências com a criação do Decreto 5.626. Amparados por essas legislações, pela Constituição Federal de 88 e outros documentos existentes referentes à educação inclusiva e a educação bilíngue para surdos e seus direitos, refletiremos sobre a Educação Infantil da criança surda. Para tanto, partiremos do objetivo geral da pesquisa, a saber: realizar análises sobre os efeitos do ambiente escolar na educação infantil no cenário em que a criança surda está inserida e, doravante os pensamentos elencados nas fundamentações teóricas, observar aspectos culturais e de identidade surda diante de suas representações na comunidade surda, sua aquisição de língua, bem como realizar discussões no que se refere à comunidade surda e a educação bilíngue, tendo como base os materiais de análise. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa com fundamentação teórica, onde serão contemplados autores sócio-culturais e trazem aspectos da educação infantil, autores surdos e relatos de experiências publicados nessas obras. Não pretendemos analisar apenas os ambientes escolares e sim os atos desenvolvidos diante de relações sócio-histórico-culturais que se apresentarem nesses espaços e seus impactos diante da vida e formação do indivíduo.