Rumo ao RH das organizações do futuro? um estudo sobre mudanças na gestão de pessoas em empresas estabelecidas no Brasil

Data
2018-05-11
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Universidade de São Paulo (USP)

Resumo

As organizações estão desenvolvendo negócios cada vez mais complexos e operando em ambientes instáveis. No atual ambiente de negócios, o contexto onde estas organizações se encontram é volátil, incerto, caótico e ambíguo. Buscando estabelecer um padrão de alta performance que lhes garanta a vantagem competitiva e a sustentabilidade empresarial, a capacidade de se adaptar torna-se uma competência com importância crescente e, em alguns mercados, determinante. A busca de seu próprio redesenho, estudando e desenvolvendo novos modelos, torna-se uma preocupação permanente destas organizações de alta performance, que passam a operar em redes, coordenadas por meio de sua cultura, sistemas de informação e com alta mobilidade de talentos. Serão estas as “organizações do futuro” segundo teóricos e práticos. Para o sucesso dessa transformação disruptiva, da configuração e funcionamento das organizações, a Administração de Recursos Humanos (ARH) não tem o mero papel de acompanhar essas mudanças, mas de liderar sua condução, adotando novas práticas e assumindo novas responsabilidades. O objetivo do presente trabalho foi o de verificar quais mudanças ocorreram na ARH de empresas estabelecidas no Brasil. Estariam estas mudanças indo ao encontro do perfil das organizações do futuro mesmo em um contexto da crise político-econômica que assola o pais? Seriam tais mudanças disruptivas, delineando novos modelos e configurações ou, ao contrário, estariam cooperando para uma cada vez maior homogeneização do que está se fazendo: o isoformismo institucional? Diante de tantas questões importantes girando em torno da ARH a presente pesquisa que buscou se posicionar na linha de fronteira do conhecimento no campo de pesquisa da Administração de RH (ARH), voltando seu olhar para as expectativas de futuro da área. Houve um esforço de pesquisa para manusear e analisar, em uma perspectiva qualitativa, uma massa de informações de um relevante número de empresas, algo que é sempre complexo. A partir de dados coletados em 150 organizações estabelecidas no Brasil, consideradas como de referência em ARH, foi possível observar mudanças e avaliar se abraçando novas demandas, práticas e responsabilidades, ou se continuam restritas às atividades e responsabilidades tradicionalmente presentes na literatura.


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