Estudo da resistência de embutimento de pinos metálicos em madeiras de pinus segundo as normas técnicas ABNT NBR 7190, EN 383 e ASTM D5764

Data
2022-12-01
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Editor
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP)

Resumo

A madeira é um elemento estrutural de grande importância na sociedade moderna, considerando sua versatilidade, alta resistência quando comparada ao seu peso, bem como seu caráter renovável e sustentável. No que tangem os projetos envolvendo esta matéria-prima, existem diversas técnicas de união utilizadas em estruturas, destacando-se as ligações por pinos metálicos, representadas por pregos, parafusos e barras de aço. O estudo destas ligações é de grande importância para o dimensionamento de estruturas com madeira. Dentre os principais instrumentos normativos que são utilizados nestes estudos destaca-se, no Brasil, a norma ABNT NBR 7190 (1997). Não obstante, muitos projetistas apontavam a necessidade de revisão e atualização nos parâmetros desta norma, o que resultou em uma nova publicação em 2022. Internacionalmente, as referências são as normas europeias EN 383 (2007), EUROCODE 5 (2004) e as americanas ASTM D5764 (2018) e NDS (2017). Cada uma dessas normas tem procedimentos específicos diferentes para a determinação da resistência ao embutimento. Neste trabalho realizou-se uma avaliação dos métodos empregados pelas normas brasileira, europeia e americana para a determinação da resistência ao embutimento de pinos metálicos em peças de madeira de pinus, bem como a caracterização física e mecânica da madeira utilizada. Obtiveram-se valores de densidade aparente e teor de umidade em consonância com a literatura, e classe de resistência C30 de acordo com a ABNT NBR 7190. Nas análises das resistências ao embutimento experimentais e analíticas, a EN 383 e o Eurocode 5 apresentaram os valores mais consistentes, favorecendo a segurança. A ASTM D5764 e o NDS 2017 apresentaram boa consistência para as resistências experimentais e calculadas na direção paralela, e a ABNT NBR 7190 na direção normal. Estatisticamente, as normas brasileira e americana não apresentaram diferenças significativas na direção normal às fibras. Na direção paralela às fibras, observou-se mais consistência entre as normas europeia e americana. A norma brasileira apresentou diferenças significativas quando comparada com as normas internacionais, como dimensões de corpos de prova e cálculos analíticos que desconsideram a massa específica da madeira.


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