Caracterização microestrutural de corpos de provas de liga ti-6al-4v fabricados por manufatura aditiva pelo processo de fusão de feixe de elétrons
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Resumo
O desenvolvimento de dispositivos para fixação óssea é de suma importância para inovações na área ortopédica e odontológica, sendo que, com o aumento da perspectiva de vida, há uma maior demanda para cirurgias dessas especialidades. O objetivo deste trabalho é a caracterização microestrutural de próteses obtidas por manufatura aditiva da liga Ti-6Al-4V, fabricadas pela técnica denominada fusão de feixe de elétrons em leito de pó (Powder bed fusion Electron beam - PFB-EB), onde o feixe de elétrons faz a fusão das partículas. Esse método de manufatura é realizado a partir de um desenho tridimensional, o que possibilita a fabricação de próteses personalizadas para o paciente e com estruturas geométricas complexas, que não são obtidas com facilidade pelas manufaturas convencionais como fundição, forjamento e usinagem, por exemplo. A caracterização das microestruturas foi baseada na análise por microscopia eletrônica de varredura (MEV) com elétrons retroespalhados, e microscopia ótica, na qual se obteve uma microestrutura α-Widmanstatten na matriz beta e com grãos colunares e na análise de difração de raios X (DRX), onde as fases α e β foram encontradas na matéria-prima, ao passo que apenas fase α foi caracterizada nos corpos de prova manufaturado, foi obtido o tamaho médio do cristalito e a microdeformação. Também foram estudadas as especificações das partículas de pó utilizadas como matéria-prima por meio do MEV, que apresentaram como resultado uma morfologia esférica. Discutiram-se a geometria e o tamanho dessas partículas com o resultado de ensaio de peneiramento e como ocorre a fusão no processo PBF-EB, de acordo com os parâmetros do processo. Em adição, foi conduzida a caracterização dos corpos de prova trabeculada, que foi obtida pelo processo PBF-EB, que é utilizado para manufaturar próteses, resultando em contribuições importantes para futuros estudos e aplicações, sendo que o projeto contou com a parceria da Ortosintese Indústria e Comércio, que disponibilizou as amostras da matéria prima e corpo de provas e do IPEN, Escola Politécnica de São Paulo e SENAI que auxiliaram na infraestrutura para as análises.