Navegando por Autor "Topan, Juliana de Souza"
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- ItemA arte de contar histórias: um olhar sobre o conto e os novos contadores de histórias(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) , 2021-06-17) Rodrigues, Adriana Souza Lima; Silva, Vanessa Regina Ferreira da; Topan, Juliana de Souza; Picosque, Tatiana AparecidaEste trabalho tem por objetivo compreender, a arte de contar histórias na contemporaneidade em contexto urbano. Para tanto utilizamos como fonte de pesquisa bibliográfica as obras A renovação do conto: emergência de uma prática oral de Maria de Lourdes Patrini (2005) e A arte da palavra e da escuta de Regina Machado (2015). Ao se interpretar esses dois textos pudemos identificar que a arte de contar histórias ressurge em contexto urbano, como uma manifestação artística dentro dos ambientes da escola e da biblioteca, e toma outros espaços socioculturais, num movimento que acontece em vários países e que começa a ser estudado no ambiente das universidades, buscando compreender o ressurgimento da narração oral do conto e a performance dos novos contadores de histórias. Os dois textos analisados contribuíram para reforçar a importância e necessidade da arte de contar histórias em contexto urbano, como função educacional, social, ética e estética, tendo como referências o conto, o narrador e o ouvinte, na construção de uma possibilidade de formação humana e transformação social.
- ItemA escrita metabiográfica de Ana Miranda em Musa Praguejadora: a vida de Gregório de Matos(Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), 2022-02-17) Horta, Patrícia; Rocha, Fátima Cristina Dias; Oliveira, Ana Lúcia Machado de; Oliveira, Leonardo Davino de; Regina, Anne Greice Soares La; Topan, Juliana de SouzaA obra Musa Praguejadora, de Ana Miranda, publicada em 2014, constitui material interessante para análise das manifestações contemporâneas do gênero biográfico. Como metabiografia de Gregório de Matos e Guerra, Musa Praguejadora reconstitui o arco de existência do poeta seiscentista e o ambiente da Bahia colonial, por meio de costura original de minuciosa pesquisa histórica com releitura e reescrita de poemas atribuídos ao biografado. Antes da publicação de Musa Praguejadora, Ana Miranda já havia explorado a figura de Gregório de Matos (em Boca do Inferno, 1989) e de outros escritores brasileiros em romances metabiográficos. O que Musa Praguejadora traz de novo é que Ana Miranda experimenta, pela primeira vez em seu itinerário literário, a metabiografia romanceada, que simula a forma de uma biografia histórica. A metabiografia, gênero tributário da metaficção historiográfica, promove releituras do passado e reflexões acerca do hidridismo entre ficção e pesquisa histórica, típico do gênero biográfico. Desse modo, em Musa Praguejadora, Ana Miranda reconstrói o personagem Gregório de Matos, a partir, igualmente, dos discursos históricos e dos discursos ficcionais que moldaram sua figura no imaginário brasileiro. A presente pesquisa analisa os processos da escrita metabiográfica de Ana Miranda na composição de Musa Praguejadora.
- Item"O infinito amanhecer da eternidade" ou "condenados à vida escura" : valores cristãos na literatura vampiresca para jovens adultos(Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2020-08-03) Topan, Juliana de Souza; Lopes, Marcos Aparecido; Cano, Jefferson; Silva, Alexander Meireles da; Villas Boas, Alex Vicentim; Volobuef, KarinEsta pesquisa tem como objetivo analisar as imagens do vampiro, enquanto personagem mítica e literária, em produções narrativas voltadas para jovens adultos na primeira década do século XXI, nos Estados Unidos e no Brasil, a partir das séries Os sete (1999-2008), de André Vianco e Twilight [Crepúsculo] (2005-2008), de Stephenie Meyer. Partindo da abordagem do mito e sua relação com crenças e rituais associados à morte, bem como do trânsito da figura do vampiro da cultura oral europeia para os textos escritos e literários, nos séculos XVIII e XIX, constata-se uma ambiguidade entre características monstruosas e humanizadas na construção do vampiro ficcional, cuja civilização e humanização intensificam-se no cinema e na literatura do século XX. Levando em conta tais variações dessa personagem nos séculos XIX e XX, e situando Os sete e Crepúsculo no contexto da produção cultural e literária para jovens adultos no final do século XX e início do século XXI, observa-se, por um lado, a manutenção de características tradicionais do mito do vampiro (que o associam à morte e a uma origem e atributos demoníacos); por outro, sua “domesticação”, isto é, sua integração ao modo de vida humano (pela constituição de laços familiares) e a seus imperativos morais, relacionados a uma ótica cristã e mórmon que permeia a saga de Meyer. Além das representações do Diabo cristão presentes na série Os sete, apresenta-se, nesta e em Crepúsculo, a descrição de alguns vampiros a partir de atributos divinos cristãos como o amor incondicional, a compaixão, a perfeição, a onipotência. Por fim, constata-se, na série de Vianco, a influência de imagens apocalípticas na descrição de batalhas entre o bem e o mal, representados tanto em entidades religiosas, como anjos e demônios, quanto em sua associação à luta contra o crime organizado e a violência urbana. Conclui-se, pela análise de todos esses elementos, que a grande aceitação do público e o sucesso comercial dessas obras relacionam-se não apenas a fórmulas narrativas de fácil consumo, mas à familiaridade dos leitores com o sistema de crenças que as perpassa, bastante difundido e arraigado nas culturas estadunidense e brasileira, fortemente influenciadas pelo cristianismo.