Demonstra como a biblioteca, vista como um espaço não formal de ensino, pode contribuir para estimular um melhor comportamento informacional discente entre os alunos do Ensino Médio Integrado (EMI), ampliando assim as possibilidades de construção do conhecimento na perspectiva da politecnia. Teoriza sobre o conceito de informação e salienta a importância do desenvolvimento de ações educativas direcionadas às atividades de busca e uso da informação. Justifica-se pela necessidade de rompimento com a ilusão de que o acesso ao conhecimento está democratizado por conta da recente ampliação de acesso aos meios de comunicação e à internet. Torna-se oportuna ao corroborar com a desconstrução da lógica que o desenvolvimento de habilidades de busca e uso informacional entre os alunos do EMI deve se dar na perspectiva exclusiva da ampliação da competitividade no mercado de trabalho. Defende que o ensino no âmbito informacional tem uma finalidade maior à classe trabalhadora: o desenvolvimento de sua emancipação. Trata-se de uma pesquisa descritiva e aplicada, de abordagem indutiva e com utilização de metodologia mista. Apresenta as etapas de desenvolvimento de um produto educacional, tendo como população analisada os alunos do EMI do IFSP/Câmpus Jacareí. Assim, desenvolve-se e aplica-se um vídeo educativo sobre a Lei de Acesso à Informação (LAI). A mídia educativa tem o roteiro pautado nas bases conceituais da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) que também ilustra as possibilidades de ensino no contexto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo; a atuação da biblioteca e do profissional bibliotecário no processo de ensino e, ainda, a continuidade da existência de condições de trabalho análogas à escravidão nos dias atuais. Os resultados apontaram que os alunos, após o contato com o vídeo educativo, já percebem que a negação do direito à informação impede a geração de novos conhecimentos. Nesse sentido, pretendem utilizar a LAI para alcançar as informações requeridas que, potencialmente, causarão impacto em sua realidade escolar de pesquisa e em sua atual ou futura ação profissional. Os alunos identificaram que o produto educacional desenvolvido é capaz de ser utilizado por outros públicos e em outros contextos, ou seja, pode ser transladado para a sociedade em geral.