COMPARAÇÃO ENTRE TEMPESTADES DE RUÍDO SOLARES TIPO I E PADRÕES DE FLUTUAÇÕES CANÔNICAS VIA ANÁLISE DE ESPECTRO GRADIENTE

Data
2018-08-31
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Universidade do Vale do Paraíba

Resumo

Sabe-se que emissões solares Tipo I são geradas por elétrons não térmicos acelerados por variações estocásticas na configuração magnética das regiões ativas. A maioria das explosões Tipo I é registrada como uma sequência de emissões individuais caracterizando as tempestades de ruído, que também podem ser associadas com a ocorrência de flares solares. Neste caso, a energia dissipativa é adicionada à liberação de energia por pequenas mudanças na distribuição magnética, que contribuem para a manutenção de tempestades de ruído duradouras. No entanto, devido à maior resolução espectral e sensibilidade observacional, detalhes sobre os mecanismos de emissão e duração de explosões do Tipo I precisam ser melhor compreendidos. Neste trabalho, utilizando a técnica espectral baseada no Gradient Pattern Analysis (GPA), analisou-se tempestades de ruído (medidas na forma de séries temporais em comprimentos de onda métricos (263,3 MHz) geradas pelo espectrógrafo suíço BLEN7M e armazenadas no repositório da rede e-CALLISTO (Compound Astronomical Low cost Low frequency Instrument for Spectroscopy and Transportable Observatory). Para fins de caracterizar os padrões de flutuação das explosões solares do Tipo I a análise espectral foi aplicada a séries temporais com diferentes padrões de flutuação considerados canônicos: ruídos 1{fβ (White Noise, Pink Noise e Red Noise), caóticas e turbulentas. De acordo com a técnica do espectro gradiente, as séries temporais foram divididas em 11 escalas (iniciando em 3600 pontos) a fim de resultar em espectros com escalas de correlação compatíveis. Como técnicas complementares foram calculados também, para cada série temporal, os espectros de potência via Power Spectral Density (PSD) e Detrended Fluctuation Analysis (DFA). Os resultados indicam que os espectros gradiente de tempestades de ruído solares Tipo I são, no domínio da frequência, incompatíveis com os padrões canônicos das séries temporais de ruídos 1{fβ, entretanto apresentam compatibilidade espectral com os dados gerados a partir do padrão turbulento. Portanto, com base na análise espectral apresentada, processos turbulentos específicos, como já previsto na literatura, podem estar relacionados à dinâmica de plasma subjacente responsável pelas emissões solares do Tipo I aqui estudadas. Com base nessa aplicação, discute-se ainda quais as vantagens da técnica GPA sobre as metodologias mais usuais como PSD e DFA.


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