O uso de simuladores computacionais como recurso didático nas aulas de física
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Resumo
O objetivo principal desta pesquisa foi verificar as contribuições que o uso de um simulador computacional pode proporcionar para a aprendizagem quando utilizado como instrumento de problematização inicial ou como instrumento de aplicação do conhecimento no tema energia elétrica e a conta de luz mensal. A sequência didática utilizada para tal tem como referencial teórico os momentos de aprendizagem propostos por Delizoicov. A metodologia de investigação adotada baseia-se em uma pesquisa qualitativa, apoiada num estudo de caso envolvendo 24 alunos da terceira série do ensino médio de uma escola pública estadual de Guarulhos-SP. Para a realização da pesquisa, os alunos foram divididos em dois grupos: A e B, cada um deles contendo 12 alunos. No caso do grupo A, os alunos utilizaram o simulador como instrumento de problematização inicial, e no grupo B como instrumento de aplicação do conhecimento. Os dados foram coletados por meio de questionários, atividades de investigação sobre uma conta de luz residencial, questões abertas, fechadas e de múltipla escolha. A análise dos dados foi feita por meio de uma ficha de análise dos resultados obtidos. Os resultados sugerem que a utilização do simulador como instrumento de problematização inicial contribui para a aprendizagem no tema pesquisado da mesma forma quando utilizado como instrumento de aplicação do conhecimento. Nesse contexto é possível afirmar também que a combinação entre simulação computacional e os momentos de aprendizagem de Delizoicov, se mostrou capaz de gerar nos alunos um amadurecimento dos conceitos estudados, além do comprometimento, interesse, bom desempenho, maior autonomia e independência para a realização das atividades. Os resultados indicam que uma parcela significativa de alunos evoluíram na capacidade de levantar hipóteses, trazer conhecimentos prévios sobre o tema e também se posicionar criticamente sobre os assuntos relacionados ao consumo de energia elétrica. Um aspecto comum observado nos dois grupos foi à interação ocorrida entre os alunos, dos alunos com a atividade realizada com o simulador, e também do diálogo constante entre o professor e os alunos acerca das situações apresentadas