ALDEIA ICATU: DA PACIFICAÇÃO KAINGANG À CHEGADA DOS TERENA

dc.contributor.advisorMota, Lúcio Tadeu
dc.contributor.authorLanza, Renato Felix
dc.contributor.refereeRodrigues, Isabel Cristina
dc.contributor.refereeNovak, Eder da Silva
dc.date.accessioned2024-11-08T16:18:21Z
dc.date.available2024-11-08T16:18:21Z
dc.date.issued2020
dc.description.abstractA história paulista, bem como a brasileira, carece de um olhar acerca dos indígenas. Entretanto, nas últimas décadas, percebe-se um florescente campo de pesquisa na área. A busca por uma história na qual os indígenas são protagonistas e não somente indivíduos à margem dela, dominados e passivos ou, quando não, tratados como coitados é o foco atual. Nesse sentido, o objetivo dessa dissertação é contribuir com a análise da formação da aldeia Icatu, situada no município de Braúna, estado de São Paulo, desde seu início (1916) até a chegada de famílias Terena (1930-1940). Como metodologia, partiu-se da análise bibliográfica do tema, da documentação e bibliografia de autores que conviveram no local, da análise documental do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), por meio dos arquivos do Museu do Índio, e da oralidade indígena, procurando-se comparar as versões governamentais, as dos pesquisadores não indígenas e a dos próprios indígenas. Parte-se das afirmações do SPI, que afirma ser a aldeia originalmente criada para abrigar populações Kaingang, no contexto da chamada pacificação da etnia, mas que receberia parcelas de populações Terena vindas do atual estado do Mato Grosso do Sul. Como resultado da análise documental citada e da oralidade indígena, compreende-se que o processo se constituiu em um genocídio onde os Kaingang perderam quase que a totalidade de seus membros pelas armas de fogo e doenças, além de seu território, tudo em nome da expansão do café, das estradas de ferro e das cidades, em nome do progresso paulista. Também se conclui que, nas afirmações do SPI, não se levou em conta as motivações Terena para se deslocarem até o Oeste Paulista. Icatu constitui-se, atualmente, numa aldeia multiétnica, onde convivem, amistosamente, os Kaingang e os Terena, que lutam para preservação de sua história e de suas culturas ante o apagamento histórico
dc.description.abstract2Sao Paulo's history, as well as Brazilian history, needs an attentive look at the indigenous people. However, in the last decades, a flourishing field of research in the area has been seen. The search for a story in which the indigenous are protagonists and not just isolated beings on the margins of it, dominated and or passive, identified as poor people is the current focus. In this regard, the objective of this dissertation is to contribute to an analysis of the formation of the Icatu village, located in the municipality of Brauna, Sao Paulo, considering its beginning (1916) until the Terena families arrival (1930-1940). As methodology, it was started from the bibliographic analysis of the theme, from the bibliography documentations of authors who lived on the site, from the analysis of the Indian Protection Service (SPI) documentation, through the Museu do Indio’s files and from the indigenous orality, aiming at comparing the governmental versions used, such as non-indigenous and indigenous researchers. Considering the SPI statements, which claims to be a village originally created to accomodate Kaingang population, in the context of what is called ethnicity pacification, but that would receive parcels of the Terena population coming from the state of Mato Grosso do Sul. As a result of the documentary analysis mentioned and the indigenous orality, it is understood that the process was constituted as a genocide, where the Kaingang almost lost the totality of their members by fire guns and diseases, in addition to their territory, all on behalf of coffee expansion, the roads and cities, on behalf of Sao Paulo's progress. It was also concluded that, in the SPI statements, the Terena's motivations to travel to Sao Paulo West were not taken into consideration. Icatu is currently constituted on a multi-ethnic village, where the Kaingang and Terena live together on a friendly manner, fighting for their history conservation and their cultures in sight of historical erasure.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.identifier.urihttps://repositorio.ifsp.edu.br/handle/123456789/1693
dc.identifier2.latteshttp://lattes.cnpq.br/1652132060841195
dc.publisherUniversidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
dc.publisher.campiCARAGUATATUBA
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em História
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilen
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subject.keywordsAldeia Icatu
dc.subject.keywordsPacificação Kaingang
dc.subject.keywordsPovo Terena
dc.titleALDEIA ICATU: DA PACIFICAÇÃO KAINGANG À CHEGADA DOS TERENA
dc.typeTeses e Dissertações
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