Em virtude do crescente assoreamento de rios, córregos e represas, que provoca a diminuição do volume de água em determinada seção hidráulica de um manancial, fazse hoje imperativo a busca de esforços para manter as seções hidráulicas com áreas constantes para viabilizar a captação de água para tratamento e distribuição para a cidade. Observa-se que existe uma grande relação entre o tipo de uso e ocupação do solo com o assoreamento em corpos hídricos, ou seja, quanto mais exposto está o solo, maior a probabilidade de haver erosões e consequentemente produção de sedimentos nas represas. A represa do Córrego Marinheirinho pertencente a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 15 (UGRHI-15) da bacia Turvo/Grande localizada no noroeste paulista, é a principal captação superficial de água da cidade de Votuporanga para abastecer a população local. Ao redor desta represa percebe-se um processo de degradação ambiental intenso, que pode ser ocasionado devido à urbanização desordenada, falta de preservação da vegetação nativa na área de drenagem do córrego, e outros fatores que provocam o seu assoreamento. A partir do levantamento de perfis da profundidade da lâmina d’água em cada seção hidráulica da represa foi possível fazer a comparação de dois cenários diferentes. Foi realizado com os dados encontrados, o levantamento das seções em AutoCAD, onde pode-se comparar a profundidade da água na represa com os dados dos anos de 2000 e 2015 e posteriormente avaliou-se a perca de 116.855,95 m³ na capacidade de armazenamento de água na represa, o que equivale a uma perca volumétrica de 19,37% em apenas 15 anos. Esta conclusão torna-se importante para a companhia de saneamento básico, para verificar se o processo de assoreamento na represa ocorreu nos anos estudados e evite que se intensifique nos próximos anos, pois isso pode inviabilizar futuramente a operação do sistema de abastecimento da cidade pela ausência de água.